A
INSTITUIÇÃO DO DÍZIMO E DAS OFERTAS
O
dízimo e as ofertas foram
instituídos por Deus desde o
princípio e para todos os tempos. Em Gen. 4:1-5; 14:20; 28:22, vemos que Deus havia
inserido no coração humano o dízimo e as ofertas. Abel e Caim desejaram ofertar
a Deus e o fizeram. Abraão entregou a Deus o dízimo de tudo. Jacó votou a Deus
entregar-Lhe o dízimo de tudo o que Deus lhe desse. Assim, o dízimo e as ofertas são desde o
princípio e irão até à consumação dos séculos: começou antes da lei, período de Adão
a Moisés. Seguiu-se durante a lei por determinação de Deus, período de Moisés
até Cristo (Deut. 12:11; 14:22), bem como no tempo da graça (Mat 23:23; Luc. 18:12).
OFERTA DE SACRIFÍCIOS
Em Deut.12:6; temos o dízimo e as ofertas
principais que Deus determinou na seguinte ordem: oferta de sacrifícios,
dízimo, oferta alçada e oferta voluntária. A oferta de sacrifícios é mais
importante para Deus do que as outras três. As outras dependem desta. A oferta
de sacrifícios é o render-se
inteiramente a Cristo para o culto,
louvor e adoração a Deus, e serviço da Sua obra. Quem deseja edificar-se e
alimentar-se de Deus, louvar e adorar em primeiro lugar, quando vai à Igreja,
será mais abençoado, (as bênçãos o alcançarão) e terá prazer em dizimar e
ofertar. Deus quer que a nossa vida seja uma oferta constante de sacrifício de louvor
e adoração (Sal. 50:14; IPed. 2:5; Heb.13:15; Rom.12:1-2).
Esta
oferta de sacrifício é a que fazemos uma vez ao entregarmos nossas vidas ao
Senhor e podemos dizer que por nos reconhecermos pecador, repetimos isto quando
percebemos que voltamos a pecar, aplicando IJo.3-10; tendo a garantia do perdão
pela graça.
Não
podemos deixar de considerar que ele entrou no Santo dos Santos uma única vez,
conforme Hebreus 9 e fez o sacrifício derradeiro, cabal. Ficando para nós as
demais ofertas e sacrifícios para praticarmos.
DÍZIMO
Significa
10% (dez por cento). Quem ganha cem, entrega de dízimo dez e fica com noventa,
etc... Devemos dizimar como recebemos; seja por semana, por quinzena ou por
mês. Quem trabalha por conta própria, deve anotar tudo que gasta para o seu
labor, tudo que recebe e dizimar do lucro que teve. Devemos dar às crianças e
aos jovens (enquanto não têm salário), ofertas para entregarem ao Senhor, para
que aprendam e se forme neles o caráter bíblico.
O
dízimo deve ser tirado do total bruto de toda a nossa renda. Deus entregou o Mundo aos Homens e
exigiu apenas 10% (como que um imposto) de tudo o que produzissem. Assim, o
dízimo pertence a Deus. Não devemos usar em relação ao dízimo a expressão pagar
o dízimo mas sim devolver o dízimo, pois estamos entregando a parte que é de
Deus, daquilo que Ele já nos tem dado.
OFERTA ALÇADA E OFERTA VOLUNTÁRIA
Oferta
alçada vem do hebraico “teruma” que quer dizer “pesadas, altas, elevadas,
produtivas, são como sementes”. (Ex 35:21-22; Lv 7:14) É, aquela oferta ou
esforço extra, para uma necessidade de momento, e tem um objetivo específico;
além do dízimo e da oferta voluntária. Exemplo: compra de terreno para a
Igreja, construção de templo novo ou reforma do existente, etc...
Oferta
Voluntária ou de gratidão é aquela oferta que devemos
dar com o propósito de agradar a Deus. Tanto
a oferta alçada como a voluntária não têm valores estipulados. Devemos dar
conforme sentirmos em nosso coração (IICor. 9:6-7). A própria Bíblia separa
a oferta alçada da oferta voluntária (Dt 12:6; Dt 16:10).
A
construção do Tabernáculo no deserto foi assim: Deus mandou trazer ofertas
alçadas (Ex. 25:1-9). O povo trouxe tanto que Moisés mandou parar de trazer
porque já havia de sobra (Ex. 35:24; 36:3-7).
Usada no
Velho Testamento por exemplo, para construção do tempo (I Cr 29) e no Novo Testamento para suprir
as necessidades dos discípulos (I Co 16:1-2; Fl 4:16).
Esta
é a ordem de preferência de Deus (Deuteronômio 12:6):
Primeiro:
oferta de sacrifícios (= render-se inteiramente a Cristo para o culto, louvor e adoração a Deus, e
serviço da Sua obra).
Segundo:
dízimo.
Terceiro:
oferta alçada.
Quarto: oferta voluntária ou de gratidão,
etc...
FAÇA UMA PROVA COM DEUS
Em Mal. 3:7-12. O que se diz de quem não entrega o
dízimo e as ofertas, o v. 8 e 9 diz
que está roubando a Deus. E, que são amaldiçoados os que assim procedem. Esta maldição é fruto do pecado de ser
infiel. Deus retira a sua graça, a sua proteção e não repreende o devorador
(v.11). Então o maligno atua contra essas pessoas. Gastam demais com coisas
desnecessárias, imprevistos, médicos, farmácia, o ladrão, etc... Parece que
recebem o salário num saco furado (Ageu 1:5-6). O dinheiro não dá para nada.
Conhecemos pessoas que viviam assim, mas quando passaram a entregar a Deus
fielmente o dízimo e as ofertas, Deus mudou tudo em suas vidas, prosperaram e
tiveram fartura de tudo. Confira Sal. 34:9-10; 37:25.
Dízimo
e ofertas são o único assunto na Bíblia, em que Deus desafia o Homem a prová-Lo (Mal. 3:10). Deus quer que cada um de
nós faça de Cristo o Senhor de sua vida. Para que Deus aceite o que Lhe
oferecemos, primeiro devemos nos
dar a Ele por inteiro e depois à
Igreja para servi-Lo (IICor.
8:1-5 e v. 9). Observe que a oferta de Abel foi aceita, mas antes o Senhor aceitou
o próprio Abel. Caim não foi aceito. Conseqüentemente, sua oferta também não
foi (Gen. 4:3-5).
O
DÍZIMO É UMA QUESTÃO ESPIRITUAL
Deus
é o dono do Mundo e dos que nele habitam (Sal. 24:1). Quando alguém crê em
Jesus e não sente o desejo de ser fiel a Deus nos dízimos e ofertas, precisa de libertação (João 8:32 e v. 36; 15:3; Luc.
21:34-36). Em ICor. 6:19-20 diz que nós não somos donos de nós mesmos, mas
somos propriedade exclusiva de Deus. Nos Salmos (39:5-6; 90:10; 144:4) vemos
que nossos dias são como a sombra, passam rapidamente e nós voamos.
Já I Tm. 6:7-12 diz que nada trouxemos para
este Mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos
os males. (Veja também Luc.
12:13-34 e atente nos versos 20, 21, 31 e 34).
AS
BÊNÇÃOS DA FIDELIDADE:
Os
dízimos e as ofertas são utilizados na manutenção da obra de Deus, para pagar a
preparação e o salário dos pastores e missionários (1a Cor. 9:13-14), construir ou reformar
os templos, adquirir móveis e utensílios para a Igreja, despesas gerais de seu
funcionamento, ajuda a irmãos muito pobres, etc... Obs. Os
pastores também entregam a Deus o dízimo do que recebem (Números 18:26-28). A fidelidade é como um atestado de que
a vida espiritual está bem. Todas
estas coisas e muitas outras só podem ser realizadas se houver pessoas fiéis
nos dízimos e ofertas.
Foi
por isso que Deus disse: "Trazei
todos os dízimos e ofertas à casa do tesouro do Senhor, para que haja
mantimento na minha casa... (Mal. 3:8-10)”. É benção para nós
participarmos da obra de Deus com dízimos e ofertas. Em Mal. 3:7-12 temos 7 promessas de bênçãos para os
que são fiéis emuitíssimas mais em toda a Bíblia. 1a v.7,
Eu me tornarei para vós. 2a v.10,
abrirei sobre vós as janelas do Céu. 3a v.10,
derramarei benção sem medida. 4a v.11,
repreenderei o devorador. 5av.11, a videira vos não será estéril. 6a v.12, sereis felizes. 7a v.12, sereis terra deleitosa. Obs.
Há
servos de Deus fiéis que gastam no supérfluo, esbanjam e desperdiçam sem medida
e vivem em dificuldade. A Bíblia é contra este tipo de conduta. Peçamos a Deus
sabedoria para administrar bem o que ganhamos e então teremos fartura de tudo.
ONDE
ENTREGAR O DÍZIMO E OFERTAS
O
membro da Igreja não deve dividir seu dízimo ou reduzir suas ofertas para
ajudar em outra Igreja. Se fizer isto, estará administrando os recursos de Deus
por conta própria, contrariando a Bíblia. A administração é feita por pessoas
eleitas e aprovadas pela assembléia da Igreja, investidas dessa autoridade, que
recebem orientação de Deus para esse ministério. Todo crente, seja batizado ou
não, membro da Igreja ou não, deve ser fiel a Deus no dízimo e ofertas.
Em
Atos 20:35 diz: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”. Portanto,
entregue o seu dízimo e ofertas na
Igreja de onde você é membro, pretende ser ou está freqüentando (Mal. 3:10).
A
QUEM E COMO ENTREGAR O DÍZIMO E OFERTAS
Esteja
consciente de que quando você coloca seus dízimos e ofertas no gazofilácio, ou
arca da Igreja, está entregando
nas mãos de Deus. Os recursos passam a ser de Deus que os entrega à Igreja para
administrá-los na Sua obra (Num. 18:26; Mal. 3:10). Devemos entregar com alegria, amor,
prazer e ações de graças, como parte do culto a Deus. Consagrar a
Deus o que Lhe entregamos é agradecer por tudo que nos tem dado (2a Cor. 9:7).
Mas as ofertas de primícias
entregamos ao Sacerdote (nossos líderes ou pai espiritual).“Primícias” tem
um significado de “princípio” ou de “parte inicial” de algo. Uma das bases para
essa doutrina é que, através das primícias, o discípulo honra o líder e ganha o
respeito de Deus, uma vez que está “liberando o sacerdote” para cuidar das
coisas de Deus sem se preocupar com coisas “elementares”, como seu sustento e o
de sua família. Em Ezequiel 44:30: “E as primícias de todos os primeiros frutos de
tudo, e toda a oblação de tudo, de todas as vossas oblações, serão dos
sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que
faça repousar a bênção sobre a tua casa”.
Pedro
afirma: “sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (I Pedro 2:9). Tudo em nós pertence a Ele, pois somos sua
propriedade exclusiva. Também somos todos sacerdotes.
Dessa
forma, somos todos sacerdotes e irmãos, portanto
somos todos dignos de sermos honrados quando exercemos a condição; ou melhor, o
ofício sacerdotal como líderes na igreja ou como pais espirituais e, não apenas
com primícias, mas com tudo o que temos e somos serví-los.
No
momento do culto quando falamos sobre as primícias”, costumamos mencionar Provérbios 3:9,10 para incentivar os fiéis a participarem
desta benção. A idéia é que se deve entregar o equivalente a um dia de
trabalho, ou seja, quem ganha R$ 1.000 por mês, leva cerca de R$ 33 em dinheiro
e nesta hora é incentivado a procurar o seu líder e fazer a entrega ao mesmo e
pedir-lhe a liberação da benção de Deus, sobre a sua vida. Baseamos este
argumento em Gálatas 6:6 que diz: que devemos repartir nossos bens com aquele
que nos instrui.
O
resultado disso? Líderes abençoados e bem cuidados com isto provocamos
em outros o desejo de também serem abençoados sendo “honrado com as primícias”.
Abençoamos e somos abençoados.
No
dicionário, “repartir” é: “fazer em partes, dando a cada pessoa o que, por direito ou
justiça, lhe pertence”.
O
“repartir” ensinado por Paulo tinha o objetivo de que
ninguém tivesse necessidade de nada (Atos 11:29; 24:17 e Romanos 15:26); e
que os irmãos vivessem em igualdade. Se cada um contribuir com as primícias para o
sustento de seu líder (pai espiritual), o que não faria falta a ninguém, haverá
um pagamento digno a ele (estando de acordo com I Timóteo 5:17-18).
E
a “dupla honra”, citada na carta a Timóteo, é um
reconhecimento por parte dos irmãos e não uma imposição. Se foi Deus quem
colocou uma pessoa para trabalhar em Sua obra, não tem por que esse indivíduo
temer ou cobrar o seu sustento, pois o Senhor sempre cuida dos Seus.
Uma
das preocupações de Paulo era se fazer entendido sem cobrar para si mas de
forma que houvesse na igreja uma atitude de honra como os domésticos,
principalmente, com seus guias e mestres. Ao evitar pedir para si
fez com que ele fosse delicado ao extremo ao ponto de quase não se fazer
entender que isto era bom para ambas as partes. Dando “asas” para aqueles que
em tudo buscam formas de se isentarem, deixando de participar das bênçãos,
considerando eles a isto um peso ou doutrina humana.
APELO
Cristo quer ser Senhor de
nossa vida para nos usar na Sua obra. Todos os que são infiéis a Deus nos
dízimos e ofertas vivem debaixo da maldição deste pecado. Porém os que são
fiéis vivem felizes e de nada têm falta. Faça uma prova com Deus. A manutenção da
obra de Deus é realizada com os dízimos e as ofertas. Separe o dízimo e as
ofertas do bruto antes de suas despesas. Entregue-os a Deus na Igreja com
alegria e gratidão e seja abençoado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário